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sexta-feira, 15 de março de 2013

A "mágica" de só jogar bem quando quer


Fala Fiel!

Esse post é meio que uma "réplica" pra mim mesmo do texto "Quando a crítica vira ingratidão". Afinal, como disse nos comentários, eu mesmo tenho meus momentos de corneteiro, e na real, às vezes o Corinthians faz por onde.

O jogo de quarta-feira foi um exemplo disso, pra mim. Não, não achei o jogo ruim, pelo contrário: talvez tenha sido a melhor exibição do Corinthians esse ano! O problema foi constatar quantos jogos medíocres do time eu tive que assistir pra conseguir presenciar uma boa exibição... enquanto refletia aqui sobre o tempo que os jogadores demorariam pra se adaptar, em quanto tempo começariam a jogar em alto nível, tentava arrumar as mais diversas justificativas pros pontos perdidos no ano, o Corinthians vem e joga na minha cara que, quando quer, se entrosa e joga tão bem quanto nos melhores momentos de 2012.

Porque, então, tantas partidas fracas? Se mesmo quando o time é "misto", os jogadores que entram são de alto nível, e se conhecem e treinam juntos há quase dois anos! Sem falar que o Tite já provou ter o elenco nas mãos! 
 
E pra mim, nem a justificativa de que o time prioriza a Libertadores pode ser usada. Mesmo sabendo que o fato de o Paulista classificar OITO times pras quartas-de-final ajuda muito na hora de entender essa (falta de) vontade que o time às vezes demonstra em campo, quando o jogo não vale tanto assim.

Nos últimos dias, o que não tem faltado na mídia são declarações a respeito do calendário, que ele é ruim  tem muitos jogos e viagens, mimimi e mimimi e mimimi. E que por causa disso, o time não tem como jogar bem contra as Penapolenses e Paulistas da vida no Paulista sem chegar morto pros jogos repletos de viagens da Libertadores da América.

Mas, peraí. Da década de 1990 pra cá, o futebol enquanto negócio, business, se globalizou, Os investimentos em tecnologias das mais diversas se multiplicou. Hoje, as camisas são de tecidos ultra-leves, as chuteiras mais confortáveis, as bolas mais resistentes, os estádios e CT's têm mais estrutura, os jogadores fazem mil exames e podem até saber se estão propenso a se lesionar antes dos jogos. Enfim: as condições de trabalho nunca foram melhores. E nenhum time joga mais de 72 ou 73 partidas no ano.

Digo isso pra fazer um pequeno paralelo com o passado. Quando as camisas e calções encharcavam com o suor e chuva. Quando os gramados eram verdadeiros e terrões. Quando as chuteiras mais machucavam do que protegiam. Quando qualquer time médio jogava dia sim, dia não e fazia quase 100 jogos no ano. Quando não se prevenia lesões; apenas se remediava.

E mesmo assim os jogos ocorriam e os títulos eram disputados... em alguns casos com mais vontade e afinco do que hoje em dia! Não havia chance de um clube grande tomar o Paulista por pré-temporada de luxo, como ocorre atualmente.

Nós, torcedores, falamos muito de mudar o calendário, isso e aquilo. Mas será que o problema é só esse? Será que às vezes, não falta um pouco de vontade dos atletas? Será MESMO que eles trabalham tão demais assim, a ponto de não conseguirem render 100% toda quarta e domingo?

Ficam as perguntas, pra refletirmos. Pois se às vezes, as críticas são ingratas, às vezes são muito pertinentes.

Principalmente quando o time resolve dar brecha.

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